EUA investigam uso de bombas de fósforo branco por Israel no Líbano

Autoridades dos EUA estão investigando o possível uso de fósforo branco, um composto altamente inflamável que é proibido em certas circunstâncias, durante os ataques israelenses no Líbano em meados de outubro, segundo uma autoridade dos EUA. A arma incendiária que cria nuvens de fumo pode ser usada legalmente na guerra, por exemplo para criar uma cortina de fumo, mas a sua utilização é restrita e pode constituir um crime de guerra se for disparada contra civis. Os produtos químicos contidos nas armas podem queimar a temperaturas de até 815 graus Celsius e podem queimar corpos até os ossos se entrarem em contato com humanos. A agência de notícias estatal do Líbano relatou vários ataques com fósforo branco no sul do Líbano em Outubro. O ministro das Relações Exteriores libanês disse que instruiu a missão libanesa na ONU a apresentar uma queixa ao Conselho de Segurança sobre o ataque. Os militares israelitas afirmaram que a utilização de fósforo branco cumpre o direito internacional. O Ministro do Meio Ambiente do Líbano, Nasser Yassin, disse que seu ministério analisou amostras de solo coletadas no sul do Líbano e detectou em alguns casos níveis de fósforo branco que excedem em muito as normas delineadas pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA. “Apresentámos queixas formais e estamos actualmente a preparar-nos par…  a fornecer os resultados da nossa análise laboratorial, juntamente com documentação abrangente, para complementar a queixa em curso iniciada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês às Nações Unidas”, disse ele ao Journal. O governo alertou Israel contra o uso indevido da substância no passado, disse Josh Paul, um funcionário que deixou o Departamento de Estado em outubro. “Fomos claros com Israel no passado sobre como eles deveriam ou não usar fósforo branco”, disse Paul. “Essa é óbvia porque já dissemos isso antes.” Os militares israelitas recusaram-se a comentar se iriam ou não cooperar com a investigação dos EUA.