https://wsj.com/world/china-and-russia-claim-moral-high-ground-o…
A guerra sangrenta em Gaza está a permitir que as duas autocracias repressivas aproveitem uma onda de simpatia pelos palestinianos e se posicionem como defensores dos valores humanitários e da paz. Distanciando-se de Israel, a Rússia e a China concentraram-se desde então em enquadrar a guerra como parte de uma luta global pelo poder contra os EUA, com Israel reduzido a pouco mais do que um peão regional de Washington. Putin, cujas forças destruíram várias cidades ucranianas, disse num discurso na semana passada que os seus “punhos cerrados e olhos lacrimejantes” enquanto observa o bombardeamento israelita de Gaza. Os soldados russos na Ucrânia estão a combater a mesma “raiz do mal” americana, disse ele, e as suas batalhas “decidirão o destino da Rússia e do mundo inteiro, incluindo o futuro do povo palestiniano”. A retórica da China tem sido mais moderada, com Xi Jinping evitando comentários públicos sobre o Médio Oriente desde o início do conflito. Contudo, os meios de comunicação estatais chineses têm estado repletos de comentários criticando a “hipocrisia” e o “belicismo” dos EUA no Médio Oriente, contrastando-os com as exigências de Pequim de um cessar-fogo imediato e da criação de um Estado palestiniano.
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